segunda-feira, 27 de junho de 2016

Infertilidade - Mitos e verdades


Gerar um filho parece ser uma das tarefas mais rotineiras da natureza. No entanto, a concretização de uma gestação exige uma série de fatores e “coincidências” para o sucesso. Um casal sem problemas de fertilidade tem até 20% de chances de ter um filho a cada ciclo menstrual, mantendo uma média de seis relações sexuais por mês. Essa taxa se torna ainda menor quando algum fator externo age sobre o mecanismo reprodutivo.

Hoje, já se conhece uma lista de problemas que podem levar à infertilidade temporária ou permanente, porém ainda existem muitos mitos ao redor deste tema.

Abaixo estão algumas dúvidas frequentes e alertas importantes para quem planeja ter filhos:

  • Mulheres que fazem uso contínuo de pílula anticoncepcional podem ter problemas futuros para engravidar?
Não.  Não existe risco nem pelo tipo de anticoncepcional usado, nem pelo tempo de uso.

  • Homens que usam roupas íntimas muito apertadas podem ter problemas de infertilidade?
Apesar de não serem casos comuns, é possível. O aumento na temperatura provocada pelo uso de roupas apertadas, assim como contato direto com altas temperaturas – fornos, siderúrgicas, etc. – podem afetar a qualidade da produção dos espermatozóides. O mesmo pode ocorrer com homens que passam muito tempo sentados, como taxistas e motoristas de ônibus e que lidam diretamente com alguns tipos de produtos químicos.

  • Mulheres que se submetem à quimioterapia ficam estéreis?
Isso vai depender do nível de cada tratamento. No entanto, vemos que em pelo menos 50% dos casos ocorre a esterilidade. Para essas pacientes, a medicina oferece como solução o congelamento de óvulos antes do início do tratamento oncológico.

  • O uso do DIU pode gerar algum problema relacionado à infertilidade?
Sim. Esse alerta é importantíssimo para as mulheres. O DIU pode facilitar a entrada de bactérias no útero e trompas, obstruindo-as, levando à infertilidade de causa tubária. Isso não significa que o uso do DIU está proibido por mulheres que ainda não possuem filhos, mas é preciso um controle rigoroso com o ginecologista. Esse quadro também pode ocorrer quando a mulher contrai doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, é sempre importante usar preservativos, única forma de proteção contra as doenças.

  • A obesidade causa desequilíbrio hormonal. Isso pode levar à infertilidade?
Sim. O excesso de peso pode levar à anovulação crônica – quando a mulher não ovula, não menstrua e, consequentemente, não engravida.

  • Toda mulher que recorre à Fertilização in vitro terá gestação múltipla?
De maneira alguma. Hoje, nas clínicas de reprodução assistida mais modernas, as taxas de gêmeos são de10 a 15% e as de trigêmeos de 1%. Esses números ainda são considerados altos. Por isso, sempre se busca formas para reduzirmos ao máximo a taxa de gemelaridade nas gestações.

  • A endometriose afeta a fertilidade?
A endometriose se caracteriza pela presença, na cavidade abdominal, do tecido que reveste internamente o útero.  Este problema está presente em 35% das mulheres inférteis. Pode afetar ovários, destruindo a reserva ovariana; as trompas, causando obstrução; estruturas de sustentação; bexiga e intestino causando dor na relação sexual e no período menstrual.

  • Quais são as chances de sucesso na Fertilização in vitro?
A chance de uma FIV resultar em gravidez é em média de 20 a 55% por tentativa, dependendo, principalmente, da idade da paciente. Em pacientes abaixo de 35 anos, as chances de sucesso são de aproximadamente 50%, enquanto que em pacientes acima de 40 anos as chances diminuem.

Autora: Dra Leila Lamas - Ginecologista e especialista em reprodução assistida 

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