Gerar
um filho parece ser uma das tarefas mais rotineiras da natureza. No entanto, a
concretização de uma gestação exige uma série de fatores e “coincidências” para
o sucesso. Um casal sem problemas de fertilidade tem até 20% de chances de ter
um filho a cada ciclo menstrual, mantendo uma média de seis relações sexuais
por mês. Essa taxa se torna ainda menor quando algum fator externo age sobre o
mecanismo reprodutivo.
Hoje,
já se conhece uma lista de problemas que podem levar à infertilidade temporária
ou permanente, porém ainda existem muitos mitos ao redor deste tema.
Abaixo
estão algumas dúvidas frequentes e alertas importantes para quem planeja ter
filhos:
- Mulheres que fazem uso contínuo de pílula anticoncepcional podem ter problemas futuros para engravidar?
Não.
Não existe risco nem pelo tipo de
anticoncepcional usado, nem pelo tempo de uso.
- Homens que usam roupas íntimas muito apertadas podem ter problemas de infertilidade?
Apesar
de não serem casos comuns, é possível. O aumento na temperatura provocada pelo
uso de roupas apertadas, assim como contato direto com altas temperaturas –
fornos, siderúrgicas, etc. – podem afetar a qualidade da produção dos
espermatozóides. O mesmo pode ocorrer com homens que passam muito tempo
sentados, como taxistas e motoristas de ônibus e que lidam diretamente com
alguns tipos de produtos químicos.
- Mulheres que se submetem à quimioterapia ficam estéreis?
Isso
vai depender do nível de cada tratamento. No entanto, vemos que em pelo menos
50% dos casos ocorre a esterilidade. Para essas pacientes, a medicina oferece
como solução o congelamento de óvulos antes do início do tratamento oncológico.
- O uso do DIU pode gerar algum problema relacionado à infertilidade?
Sim.
Esse alerta é importantíssimo para as mulheres. O DIU pode facilitar a entrada
de bactérias no útero e trompas, obstruindo-as, levando à infertilidade de
causa tubária. Isso não significa que o uso do DIU está proibido por mulheres
que ainda não possuem filhos, mas é preciso um controle rigoroso com o
ginecologista. Esse quadro também pode ocorrer quando a mulher contrai doenças
sexualmente transmissíveis. Por isso, é sempre importante usar preservativos,
única forma de proteção contra as doenças.
- A obesidade causa desequilíbrio hormonal. Isso pode levar à infertilidade?
Sim.
O excesso de peso pode levar à anovulação crônica – quando a mulher não ovula,
não menstrua e, consequentemente, não engravida.
- Toda mulher que recorre à Fertilização in vitro terá gestação múltipla?
De
maneira alguma. Hoje, nas clínicas de reprodução assistida mais modernas, as
taxas de gêmeos são de10 a 15% e as de trigêmeos de 1%. Esses números ainda são
considerados altos. Por isso, sempre se busca formas para reduzirmos ao máximo
a taxa de gemelaridade nas gestações.
- A endometriose afeta a fertilidade?
A
endometriose se caracteriza pela presença, na cavidade abdominal, do
tecido que reveste internamente o útero. Este problema está presente
em 35% das mulheres inférteis. Pode afetar ovários, destruindo a reserva ovariana;
as trompas, causando obstrução; estruturas de sustentação; bexiga e
intestino causando dor na relação sexual e no período menstrual.
- Quais são as chances de sucesso na Fertilização in vitro?
A
chance de uma FIV resultar em gravidez é em média de 20 a 55% por tentativa, dependendo,
principalmente, da idade da paciente. Em pacientes abaixo de 35 anos, as
chances de sucesso são de aproximadamente 50%, enquanto que em pacientes acima
de 40 anos as chances diminuem.
Autora: Dra Leila Lamas - Ginecologista e especialista em reprodução assistida
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